quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JUSTINO MÁRTIR (100-165 D.C) - Sobre a condenação e salvação dos homens

JUSTINO MÁRTIR (100-165 D.C)




"Do que dissemos anteriormente, ninguém deve concluir que a consequência do que afirmamos que se sucede ocorre por necessidade do destino, pelo fato de que dizemos ser de antemão conhecidos os acontecimentos. Para isso, vamos esclarecer também esta dificuldade. Nós aprendemos com os profetas e afirmamos que isto é a verdade: que os castigos e tormentos, igualmente as boas recompensas, dão-se a cada um conforme as suas obras, pois se não fosse assim e se ocorresse pelo destino, não existiria em absoluto o livre-arbítrio. Com efeito, se está determinado que este seja bom e aquele mau, nem aquele merece louvor, nem este vitupério. E se o gênero humano não tem poder para fugir por livre determinação daquilo que é vergonhoso e optar pelo belo, é irresponsável por qualquer ação que faça. Porém, que o homem é virtuoso e peca por livre escolha, o demonstramos pelo seguinte argumento: vemos que o próprio sujeito passa de um extremo a outro. Pois bem: se fosse determinado ser mau ou bom, não seria capaz de fazer coisas contrárias nem mudaria [seu comportamento] com tanta frequência. Na verdade, não se poderia dizer que alguns são bons e outros maus a partir do momento em que afirmamos que o destino é a causa de bons e maus, e que faz coisas contrárias a si mesmo; ou deve se ter por verdade aquilo que já anteriormente insinuamos, a saber: que virtude e maldade são meras palavras e que apenas por opinião [pessoal] se classifica algo como bom ou mau - o que, como demonstra a verdadeira razão, é o cúmulo da impiedade e da iniquidade. O que afirmamos ser destino ineludível é que a quem escolher o bem, espera-lhes digna recompensa; e a quem escolher o contrário, espera-lhes igualmente digno castigo. Porque Deus não fez o homem da mesma forma que as outras criaturas, por exemplo, árvores e quadrúpedes, que nada podem fazer por livre determinação, pois nesse caso não seria digno de recompensa ou louvor, nem mesmo por ter escolhido o bem, mas já teria nascido bom; nem, por ter sido mau, seria castigado justamente, pois não agiu livremente, mas por não poder ter sido outra coisa do que foi" (1ª Apologia 43,1-8)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tenho uma grande reverência e temor a Deus, porque mesmo sabendo quem eu sou ainda me permite respirar!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Porque Deus amou o mundo... que ele não poderia ficar de fora:



Uma Breve Meditação arminiana do Advento
Autor: Roger E. Olson

Porque Deus amou o mundo... que ele não poderia ficar de fora. Sim, para acadêmicos e estudiosos pode soar simplista e até cheirar a religião popular. Mas se você tirar dessa afirmação qualquer conotação de Deus ser "solitário" ou ausente, ela é uma ótima declaração do próprio Evangelho e expressa bem a essência da teologia arminiana: o amor de Deus sobre o mundo inteiro demonstrado na encarnação e na cruz está no centro de sua teologia como seu princípio fundamental.

Estamos agora em meio ao Período do ano em que, na igreja, é lembrado o Advento. Muitos de nós estão ocupados correndo de uma lado para o outro tentando encontrar um bom presente para alguém, e sem tempo de parar e pensar sobre a "razão deste período": A encarnação que é devido ao amor de Deus.

O Advento é tudo sobre o significado do amor de Deus para o mundo inteiro, mostrados no evento em que o Deus Criador do Universo se humilhou, tornou-se vulnerável e se fez nosso servo. Algumas teologias gostariam de habitar eternamente no poder de Deus e em seu controle soberano e encontrar A glória de Deus nesses atributos.  O Arminianismo vê a glória de Deus em seu amor abnegado que o levou a entrar na nossa condição humana e sofrer junto com a gente e morrer por nós.
Melhor, Que amor é esse? Bem, se é possível descrevê-lo deve possuir alguma analogia com o melhor do que nós conhecemos como amor. E a encarnação e a cruz é capaz de demonstrá-lo. O amor de Deus é maior e melhor do que o nosso, mas não absolutamente e completamente diferente. O apóstolo Paulo liga o amor de Deus e o nosso em Filipenses 2. Devemos imitar o amor por esvaziar-nos para os outros.

Arminianismo é, em primeiro lugar (acima de todas as outras distinções) uma teologia do amor ilimitado de Deus por suas criaturas, especialmente os feitos à sua imagem e semelhança. É o transbordamento de amor incondicional e ilimitado do interior do próprio Deus trinitário.

João 3 nos diz que o propósito de Deus na encarnação e na cruz não teve nada a ver com a condenar ninguém. Pelo contrário, ele tinha a ver com poupar a todos (na medida do possível). Outras teologias tergiversam sobre o significado preciso de "mundo" e algumas tentam limita-lo para "pessoas de toda tribo e nação", a fim de escapar de sua universalidade. Outros dizem que Deus não ama a todos, mas não da mesma maneira. Tudo isto é estranho ao texto e ao contrário da simples e bíblica mensagem de que "Deus é amor "(1 João).

A teologia arminiana começa e termina e permanece constantemente centrada na boa notícia de que Deus é um Deus de amor universal, incondicional e abnegado, demonstrado na encarnação e na cruz. Todo o resto das Escrituras deve ser visto sob essa luz e nunca elevados ou acima dele ou contra ele. Com certeza Deus também tem a ira, mas que não pode ser contrária ao seu amor. A ira de Deus é o amor de Deus desprezado e rejeitado.

Meu hino preferido foi escrito em 1917 por um colega arminiano Fred Lehman, que fundou a Editora Nazaren, É chamado simplesmente de "O Amor de Deus.":

O amor de Deus é tão grande
Que língua ou a pena nunca poderá descrever;
Ele vai além da maior estrela,
E alcança o mais profundo do inferno;
O casal culpado, prostrou-se com cuidado,
Deus deu o Seu Filho para vencer;
Seu filho errante Ele reconciliou,
E perdoou o seu pecado.
Refrão
O amor de Deus, quão rico e puro!
Quão imensurável e forte!
Deve durar para sempre.
Canção dos santos e dos anjos.
Quando os anos passarem,
Tronos e reinos caírem na terra,
Quando os homens, que aqui se recusam a orar,
Em rochas, colinas e montanhas clamarem,
O amor de Deus com certeza continuará,
Todo imensurável e forte;
Resgatando graça para a raça de Adão.
Canção dos santos e dos anjos.
Refrão
Se pudéssemos com tinta encher o oceano,
E se aos céus de pergaminho fizéssemos,
de cada haste na terra uma pena,
E de cada homem fizéssemos um escriba profissional
Para escrever o amor de Deus no céu,
Isso esvaziaria o oceano.
Nem poderia o pergaminho conter tudo,
Embora se estendesse de céu ao céu.

Tradução livre: Tiago M. Barros

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Aos jovens entusiasmados estudantes de teologia...


Inegavelmente Deus tem levantado jovens cristãos, de alguma forma insatisfeitos com o atual cenário da igreja evangélica, a buscarem a autenticidade do cristianismo nas Escrituras. Eu mesmo tenho passado por esta experiência, mas tenho sido muito cauteloso antes de comprometer-me inteiramente com alguma visão interpretativa das Escrituras e do Evangelho, por mais históricas que sejam. Também não me impressionam  o número e o renome dos seus defensores ao longo do tempo, tais características, ainda que tendam a impressionar, não podem ser levantadas como aspectos autênticos da verdade.

Neste meu caminho tenho me disposto a colocar tudo em prova, qualquer doutrina que não esteja objetivamente exposta nas escrituras, e que não tenha sido ao meu coração entregue em virtude da minha salvação, isto é que é por intermédio de Cristo que estou reconciliado com Deus. 

Por mais profundas que estejam entre minhas convicções, estou expondo tudo ao juízo das Escrituras, até mesmo minhas interpretações dela, e assim pretendo sempre continuar. 

No entanto não tenho visto essa disposição em muitos desses jovens, a maioria foram altamente comprometidos com a onda neopentecostal/apostólica "moderna", mas ao alcançarem maior maturidade cristã desiludiram-se com esta espécie de movimento e imediatamente entregaram-se [com a entrega habitual] à visões que lhes pareceram mais bíblicas. Neste sentido um exemplo bem clássico é a aderência de muitos jovens oriundos de tais igrejas, da chamada terceira onde pentescostal, ao calvinismo, ou teologia reformada. 

Neste caminho que, em Cristo, estou trilhando recomendo que sejamos mais cautelosos, não nos apaixonemos facilmente por algum estereótipo cristão, mas nos aprofundemos na histórias das doutrinas cristãs, é o momento de revermos tudo e conhecer-mos de forma global a nossa fé, de corrigirmos possíveis incompreensões, ou de ratificarmos autênticas interpretações, não sejamos preguiçosos no pensar e no julgar, nos desprendendo das afeições denominacionais, que nos restringem nesta busca, para considerar todas as alternativas, ao menos as alcançáveis, e confrontá-las entre si.

Para exemplificar o que disse, transcrevo o caso de um calvinista em relação ao arminianismo, mas poderia ser o contrário. Foi originalmente postado em: http://www.arminianismo.com/forum/viewtopic.php?f=2&t=419


Mark A. Ellis é um calvinista que resolveu estudar a teologia arminiana. Para isso recorreu às fontes e começou a traduzir a Confissão Arminiana de 1621. Antes disso, o que ele sabia dos arminianos era que eles eram socinianos e pelagianos. Ficou surpreendido com o que descobriu. Abaixo, segue alguns trechos de sua introdução ao livro "A Confissão Arminiana de 1621".Alguns acharão estranho que alguém que não é de tradição arminiana se encarregaria da tradução desta primeira e muito importante confissão remonstrante. Minha exposição inicial à teologiaarminiana surgiu quando, como pastor calvinista de uma igreja batista reformada, um amigo me desafiou a ler as obras de Jacobus Arminius (1560-1609). Tendo sido ensinado que ele era tanto sociniano quando pelagiano, me surpreendi quão calvinistas suas afirmações soaram a respeito do trinitarianismo, da Escritura, do pecado original e da necessidade da graça...

confissão também beneficia aqueles que vem de tradições calvinistas/reformadas. Ela dissipa deturpações comuns, tais como que os arminianos eram socinianos, uma acusação que os oponentes dos arminianos levantam contra eles desde o início do conflito. No capítulo três da confissão, os remonstrantes repudiam claramente as negações socinianas da divindade de Cristo e da trindade e fornecem uma declaração ortodoxa do Trinitarianismo, a eterna geração do Filho e emanação do Espírito Santo e o compartilhamento da natureza divina por ambos.

Mais comuns são as acusações de Pelagianismo. A Confissão dá ampla evidência de que os remonstrantes não aderiram à teologia de Pelágio. Ao passo que Pelágio ensinou que o pecado de Adão afetou a ele apenas e somente servia como um mau exemplo aos seus descendentes, os remonstrantes afirmavam que todos os homens exceto Jesus Cristo estavam "envolvidos" no pecado de Adão e assim ficaram sujeitos à "morte e miséria" e "destituídos da verdadeira retidão necessária para obter a vida eterna, e conseqüentemente são agora nascidos sujeitos a essa morte eterna e diversas misérias".

Ao passo que Pelágio definia a graça como a capacidade natural conferida através da criação, junto com a mente iluminada pela pregação da lei, os remonstrantes afirmavam que a graça é uma "obra especial" que somente operavam naqueles que crêem... Eles reafirmavam a incapacidade humana e a necessidade da graça e que a salvação é obra de Deus. É somente pela graça que as pessoas "podem realmente crer em Cristo o Salvador, obedecer seu evangelho e se livrar do domínio e culpa do pecado"... Os remonstrantes claramente não eram pelagianos.

Se não eram pelagianos, eles eram semipelagianos?... O Semipelagianismo começou com uma reação de monges que concordavam com Agostinho sobre as doutrinas do pecado original, incapacidade do homem para executar qualquer ato de valor salvador e a necessidade de iluminação, mas defendiam a liberdade da vontade atribuindo a ela o ato inicial da fé. Pecadores caídos tomam a iniciativa e Deus responde. Eles [os semipelagianos] também ensinavam que as pessoas podiam, de si mesmas, livremente aceitar e perseverar na graça. Novamente, se deixarmos a história definir os rótulos, nem Arminius nem os remonstrantes foram semipelagianos.

Isso é o que acontece quando um calvinista realmente se dá ao trabalho de estudar a teologia arminiana. Ele se liberta de todos os rumores malévolos de que a teologia arminiana é isso ou aquilo.

domingo, 5 de dezembro de 2010

IMPORTANTE

Desculpem-me não está atualizando o Blog tão constantemente, Estou um pouco apertado com o seminário e o trabalho, mas fiquem atentos, a qualquer momento vou postar novidades, abração a todos. Fiquem na Paz!!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensamentos

Deus pode todas as coisas, mas só faz as motivadas pelo amor.

Pensamentos

"Falar da soberania de Deus é falar do que ele pode fazer. Falar do amor de Deus é falar de quem ele é e de como ele Faz."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

REFLEXÕES SOBRE O ENCONTRO DE JESUS E O RICO -Parte 1- A Soberania de Deus

REFLEXÕES SOBRE O ENCONTRO DE JESUS E O RICO
-Parte 1-
A Soberania de Deus

E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”
Mc 10:17-23

Esta pequena narração que se encontra no Evangelho segundo escreveu Marcos me faz refletir sobre alguns detalhes do cristianismo, detalhes que revelam essência e beleza na nossa fé, mas que andam esquecidos (talvez seja mais verdadeiro dizer: ignorados).

O tema sobre a soberania de Deus não é o tema central desta passagem, mas é impossível não nos depararmos com ele, visto que a passagem é referente àquele que é soberano, e aqui é possível perceber coisas preciosas sobre a ação do Deus soberano dos evangelhos.
Alguns dentre nós costumam expor ao mundo através de muita destreza e habilidade a transcendência de Deus, sua imutábilidade, que está acima de qualquer vontade humana, que faz o que quer e quando quer, não devendo satisfação a ninguém visto que ele é soberano, ora tudo isto é verdadeiro, pois lemos nas Escrituras:

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” Isaías 55:8

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
Jó 42:2

Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Malaquias 3:6

Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17

Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Romanos 9:20

E essas são verdades reconfortantes, pois por elas sabemos que a vida pertence e obedece ao nosso Deus, é reconfortante porque podemos descansar nEle, sabendo que ele realiza tanto o início quanto o fim, que a consumação de todas as coisas não fogem de suas mãos, tudo esta no seu controle.

O que então Mc 10:17-20 fala sobre isto? O que revelam estes versículos?
Bem, devemos afirmar a verdade da Soberania de Deus, mas existe algo a mais que também deve ser afirmado, proclamado e defendido: O Soberano SENHOR veio até o homem.

Marcos nos revela Deus em Jesus, isto é Deus aqui, na esfera humana, conversando, respondendo e ensinando a alguém infinitamente menor do que Ele e mais do que isso tornado igual ao que lhe é menor. Podemos equivocadamente achar que Soberania e Onipotência divina são características que distancia Deus de suas criaturas, a exemplo dos deuses da mitologia grega (seres altamente egoístas, os quais agem de qualquer jeito, não se importando com os homens). Aparentemente contraditório e totalmente paradoxal o Deus revelado nas Escrituras fez uso de sua Soberania e Onipotência, não para isolar-se em sua glória, mas para se tornar acessível, se fez menor do que os anjos, esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. Deus humilhado por si mesmo, Deus incompreensível! E paraxodalmente, esta aparente limitação foi incapaz de reduzir a sua glória, pelo contrário, pois está escrito: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Fl 2:8-11

O Deus soberano das Escrituras pode fazer o que ele quiser, mas isso não significa dizer que ele faça qualquer coisa. Deus age de uma forma maravilhosamente coerente com a sua natureza. Que logicamente é a mesma natureza encontrada em e anunciada por Jesus: “Deus é bom”, conforme o nosso texto afirma. E Ele é bom conforme o que entendemos que seja bom, ainda que a bondade não faça parte do que somos, do contrário o que Jesus falou a respeito de Deus não teria sentido. Deus é bom “porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.”. Esta Bondade e o mesmo amor e Justiça são a nós revelados pela pessoa de Jesus, pois Ele é o resplendor da glória de Deus, e a expressa imagem da sua pessoa” Hb 1:3 de forma que não podemos imaginar um Deus maior ou menor que Jesus, não existe! Ele é a imagem do Deus invisível. Cl 1.15, E ainda se encontra nas escrituras: “Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim.” Isaías 45:21

Imaginar um Deus com um caráter diferente do de Jesus é criar um ídolo! Por isso Jesus disse: “quem vê a mim vê o Pai”. Diante de Cristo não faz qualquer sentido perguntar: “Mostra-nos o Pai?”. Jesus é a natureza de Deus revelada aos homens. Que nos comunica o ser de Deus integralmente inclusive seu padrão moral. De forma que é insanidade dissociar os atos de Deus e seu caráter dos de Jesus. Ele não está acima do que é bom, Ele é bom conforme nos é revelado em Cristo e nas escrituras. Digo isto pois já foi dito em certas teologias, afim de defender algumas supostas ações de Deus, explicitamente injustas aos olhos humanos, como salvar alguns pecadores e deixar outros agonizando no infortúnio da perdição decretando que jamais teriam a possibilidade de salvação visto que a estes não quisera derramar amor e graça, mas ira e condenação. Ora mesmo nós sendo maus sabemos que tal atitude é fria e cruel, pois tendo condições de salvar da morte física duas pessoas que estejam soterradas e sem condições de salvarem a si mesmas não exitaríamos em empregar esforços na intenção de salvar as duas. Ora não existe duas justiças, a de Deus e a dos homens, apenas uma, a diferença é que Deus a executa com perfeição e os homens não. Assim como o infinito não pode está acima do infinito, Deus não pode estar acima do bom, Ele se identifica com o bom. Ele é o padrão moral. E Deus não apenas age de acordo com seus padrões morais como também os comunica ao homem e o convida para que sigo o seu padrão de retidão revelado: “Sede santos pois eu sou santo”.

Este Deus maravilhosamente soberano agindo conforme sua natureza de amor, bondade e justiça, faz com que o encontro deste rico com Jesus, seja possível, e assim só é porque Ele não se isola na sua soberania, como pretendem para ele alguns teólogos. Mas ele soberanamente decidiu, por seu Filho, se reconciliar com o mundo, se encontrar com o homem. Mesmo com um rico que se retiraria triste e pesaroso após ser amado e chamado pelo próprio Filho a segui-lo. Mesmo com tal homem do qual somente sabemos que era rico, de posses, de obras, da Lei, e que mesmo confessando a incapacidade dos seus bens de lhe dar segurança eterna e apesar de ser amado pelo próprio Cristo e receber a honra do Seu convite, preferiu a pobreza de suas riquezas aos tesouros do céu adquiridos através da rendição em fé. Estes versos nos mostra o quão maravilhoso é o Deus evangélico (dos evangelhos), que ama até mesmo aos que não o respondem favoravelmente, tal amor nos faz completamente indesculpável e dignos da ira divina, merecedores de toda condenação, visto que podendo ser salvos pela graça em Cristo, não queremos. E já que sem Cristo não há libertação, pois “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”quem nos livrará do corpo desta morte?”, "como escaperemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?"  

A soberania de Deus é revelada no seu amor! 


NEle que mesmo sendo Deus soberano, tomou a forma do homem limitado, afim de nos atrair para si,
Tiago M. Barros


terça-feira, 20 de julho de 2010

VOCÊ TEM QUE ASSISTIR!!!



Diante de tais imagens eu não ouso pronunciar qualquer palavra...

Tiago se vc se afastasse do caminho do Senhor vc seria? alternativas: A-emo B-vc mesmo C-Abestado

EU EMO??? QUE TRAGÉDIA!!!

Paz! Bem, de forma alguma eu seria emo, porque eu acho a maior breguisse moderna, e eu sou alegre, vivo, não gosto muito de melancolia. Eu emo, de fato seria uma tragédia. Abestado talvez eu fosse para alguns, os que não fossem com a minha cara. Eu seria eu mesmo, o que não iria prestar, visto que é a centelha de Deus em mim e em qualquer um que de fato crer, que nos preserva. Eu entregue somente a mim mesmo seria terrível, mas que Deus me preserve para estar sempre mais perto dEle. Um Beijão, Deus a abençoe!!!

Vc tem namorada?

Paz do nosso Deus, esse é um assunto um pouco delicado pra mim no momento. A resposta mais clara é não, não estou namorando. É delicada no sentido de que a pouco tempo pensei que finalmente daria certo, mas acho que vou precisar esperar mais um pouco. No momento não estou tão preocupado quanto a namorar, mas aguardo a pessoa certa. Um beijão, fica em PAZ!!!


Vc é evangelico a quanto tempo?

Olá, eu me converti em 2002, 8 anos atrás, em uma igreja chamada Bethshalom, fica no meu bairro, lá permaneci por quase 7 anos, então passei a mim congregar na 1° Igreja Batista em Parque Albano, e continuo até hoje, o que fez muito bem pra minha alma. Obrigado pela pergunta sinta-se a vontade para fazer quantas perguntas quiser. Se pudesse se identificar ficaria grato, caso não, não tem problemas. Um Beijão, fica com Deus!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

GUIAS CEGOS, OBEDIÊNCIA CEGA

"Não toqueis nos meus ungidos"
(Sl 105:15)

Este versículo está na boca de muitos pastores, profetas, bispos e apóstolos da atualidade, basta ligar a TV ou o rádio em um destes programas gospel, lá estarão eles, postando-se como representantes diretos de Deus aqui na terra (coincidência com a reivindicação medieval papal de vicário de Cristo? Acho que não!), escolhidos, ungidos de Deus, profetas levantados, fazem referência a si mesmos como precursores (portadores) de uma “unção especial” para os últimos dias. Sempre estão acompanhados de uma multidão ávida em vê-los, tocá-los, ouvi-los, defendê-los. Por esta mesma multidão, são chamados de “paistores”, “paipóstolos”, em uma devoção e obediência cega, de cegueira voluntária, visto que um discípulo de certo “paipóstolo” (representantes do atual estado do movimento evangélico, os quais tem nome e endereço), certa vez, defrontado por uma atitude nada cristã de seu líder, me disse: “Eu vou ser obediente, se ele estiver errado, Deus não irá me condenar por obedecer”. Eu pergunto baseado em que ponto do cristianismo tal afirmação pode ser dita? Eu mesmo respondo: EM ABSOLUTAMENTE NENHUM! Pode parecer até piedoso, mas é irresponsável e antibíblico. Sim, é irresponsável pois é uma tentativa de se esquivar das consequências em um ato irrefletido, lançando sobre o outro toda a responsabilidade, algo semelhante com as desculpas apresentadas a Deus por Adão, quando disse que foi induzido por Eva ao pecado, ou de Eva que afirmou ter sido induzida pela serpente ao mesmo erro. É antibíblica não apenas porquê não se encontra algo parecido nas Escrituras, mas por ser explicitamente contraditória com a postura cristã ensinada pelas mesmas. Vale lembrar que nem Adão, nem Eva, usando um argumento fundamentalmente idêntico, deixaram de ter suas atitudes condenadas e sofrer as suas devidas consequências, e a morte foi e é a mais cruel delas. Ele esqueceu que como disse Jesus: “Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.”

Tal pensamento não é fruto da reflexão cristã acerca das Escrituras, não é manifestação de um coração humilde e não segue a obediência ensinada pelo testemunho bíblico, pelo contrário é ensino carnal, pois é humano, oriundo de homens cujo único desejo é o domínio, afim de docilizar a massa e dela usufruir. Parte de um ambiente doentio, onde lá o significado de obedecer é a obediência irrestrita aos líderes, o exemplo mais comumente citado é o de Davi e Saul. Não importa quem é o seu líder dizem, pode ser um Saul mas como Davi você não pode tocar num ungido de Deus, mesmo que ele lhe esteja perseguindo, seja obediente, assim convencem uma multidão violentada a permanecerem no mesmo lugar, alvo de mais violência. Lá todos quantos questionam tem um rótolo: “rebeldes”. Esquecem-se, ou melhor não querem lembrar que no caso de Davi e Saul, mesmo ele acreditando que Deus havia ungido Saul a rei (pelo testemunho bíblico sabemos que Saul havia sido escolhido pelo povo e não por Deus), não permaneceu na presença de um rei despótico e enciumado para ser vitimizado ao bel prazer daquele que deveria ser para ele um guardião, pelo contrário, Davi deixou o palácio fugiu para o deserto, lugar de paz comparado com qualquer outro à vista de uma autoridade como Saul. Davi lutou e amou seu Deus, seu povo, seu tempo a despeito e apesar de Saul. Davi não ficou para ser seu discípulo. Devemos fugir destas manifestações humanas empossadas do título de “ungidos de Deus”.

A obediência segundo Deus é à Deus, mesmo quando obedeço a homens é à Deus que obedeço este é o padrão, mas por ser minha obediência para Deus, quando me vejo diante do conflito entre a vontade de uma autoridade humana e a de Deus, obediência a esta autoridade é desobediência à Deus. A elucidação para isto está nas palavras de Pedro dirigidas às autoridades de sua época quando intimados a não mais pregarem sobre o nome de Jesus: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus”.

Nestes ambientes é ensinado a não questionar, obedecer mesmo sem entender, acreditem, isto é pregado nestes lugares. Não importa o quanto ilógico, ou mesmo contraditório pareça o que o líder fala com o evangelho, o importante não é entender e sim obedecer, porque obedecer é melhor do que sacrificar e o pecado de rebeldia é igual ao de feitiçaria, citam 1 Sm 15.22 e 23 totalmente desprovidos de conexão com o contexto, para eles obedecer é igual a obedecer as palavras deles e não a Palavra do Senhor como fala de fato o texto, da mesma forma rebeldia nestes ambiente é o simples questionar os caprichos deles disfarçados de vontade de Deus. Quando são confrontados pelos seus erros, com o enriquecimento pessoal às custas da denominação, desvio de dinheiro na compra de mansões, jatos particulares, suas emissoras de TV, suas fraudes fiscais, em fim, tratam de citar Sl 105: 15, e se passam por vítimas e perseguidos, fazem questão de dizer que a obra de Deus está sendo perseguida, MENTIROSOS FRAUDULENTOS, escondem-se por trás de uma pseudo-unção. Mais uma vez preferem esquecer o que pedro diz na sua primeira carta: “Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.” . Definitivamente não é como cristão que são perseguidos, visto que não os perseguem por um coxo que andou, nem por que através de suas pregações denunciam o atual estado social (eles jamias fariam isto), quando se dizem perseguidos é por que a justiça quer esclarecimento de como é feita a relação financeira entre igreja e emissora de TV, quando se quer esclarecimento sobre dólares não declarados escondidos na Bíblia, sobre prédios em péssimo estado de conservação e os motivos de não terem sido tomadas providencias antes que o teto literalmente caísse sobre os próprios fiéis, já que dinheiro é a única coisa que, pra esses grupos, não falta.


Me impressiona que esta supresão do juízo ocorre facilmente mesmo diante das palavras de Cristo que nos adverte a discernir, a acautelarmo-nos de falsos profetas, mestres, pastores:

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:15-20

Ora, quem está a cima do concelho do Senhor? Só busca se esquivar dele quem quer esconder suas características canídeas.
E o que se dirá acerca dos concelhos de João e de Pedro respectivamente:

"Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." 1 João 4:1

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós comércio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita."
2 Pedro 2:1-3

Por que se escandalizar esobre nós proferir maldições quando avaliamos se quem se diz apóstolo é realmente apóstolo ou falsante, quem não faz este discernimento, NÂO OUVIU A JESUS. Quem não prova pela verdade tais homens são manipuladas por eles, não são guiadas pelo Espírito. 
Enfim, o questionamento deve ser encarado pelos verdadeiros servos de Deus como oportunidade de expor pela vida o evangelho, de revelar a consistência da nossa fé, a razão da esperança que há em nós. Temer o quê? Os verdadeiros servos não fazem nada nas trevas, às escondidas, já está tudo em plena luz. Paulo não temia ser confrontado, os bereanos foram por ele elogiados diante dos de Tessalônica por que antes de confiar nas palavras dele (Paulo) consultavam as Escrituras afim de saber se tudo quanto ele dizia estava em conformidade com elas. Ora o que a Verdade pode temer? Ela se sobressai, não precisa de defensores, não possui inimigos a sua altura. Ela, a Verdade, simplesmente mostrar-se  e em si mostrando revela o que é e o que não é. Se angustiar, condenar os que nos perseguem, enraivecermo-nos por sermos perseguidos como cristãos? Jamais!



Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”
Mt 5.10-12


NEle, Luz da qual não podemos nos ocultar,

Tiago M. Barros

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PECADORES E DEUS

Estou iniciando através deste uma série de pequenas reflexões sobre o Evangelho de Cristo, que serão postadas  no marcador “Pense Nisso”, espero que cada mensagem seja Palavra de Deus para sua alma, Aproveite!

PECADORES E DEUS

 
Sei que você se conhece e não irá negar, sabe que é pecador, que possui dentro de si mentira e engano, que não é porque frequenta uma igreja, seja ela qual for, que isto te justifica, sabe que o problema é profundo, nada pode fazer pra se livrar deste estado tão ruim, mas quero te dizer algo: MESMO ASSIM DEUS DECIDIU DERRAMAR AMOR SOBRE VOCÊ. Decidiu derramar Graça sobre ti pra que você consiga escolher por ele, amá-lo em resposta, porque ele te amou primeiro. Hoje, neste momento, deixe-se converter. Não seja mais um que lota as igrejas oportunistas atraído pelo marketing de testemunhos e promessas de acúmulo de bens aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, ou por uma cura, pois o corpo não perde a capacidade de adoecer e morrer. Antes, esteja disposto a servir a Deus por amá-lo, refugie-se em Cristo e tome posse sim do que ele fez no Calvário, encontre a Paz com Deus que está em Cristo, e mesmo se você tiver perdido tudo: família, bens, saúde, você conseguirá disser: “eu sei que o meu Redentor vive e que, por fim, se levantará sobre a terra.” Somente quem consegui descansar nEle, confiando em Sua vontade, em desprendimento ao mundo e eterno prendimento à Deus, entrará em seu reino, caso contrário de Deus não será conhecido ainda que seja rei aqui na terra.

Pense nisto!
 

Tiago M. Barros

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O QUE APRENDO COM JOHN WESLEY



John Wesley, desde que entrei em contato com sua biografia (pela primeira vez através do livro Heróis da Fé de Orlando Boyer), com apenas um ano de convertido, passei a ter uma espécie de encanto, de fascínio e me servi dele como fonte de inspiração, me surpreendeu a sua entrega de si a Deus, seu interesse em crescer na graça e no conhecimento de Deus.




Logicamente este grande homem de Deus, não deixara de fazer jus a sua condição humana, por isso não somente seus acertos, os seus erros me fazem aprender mais sobre a caminhada que todos nós temos que traçar em direção Àquele que nos é por chegada.



Aprendo com John Wesley na sua busca frenética pela segurança de sua salvação nos primórdios de seu ministério, sobre o não conformismo com a falta de certeza para com o amor de Deus, o não sossegar até que de fato se tenha paz com Ele. Aprendo sobre o seu compromisso disciplinar nesta busca, seus métodos, sua entrega ao encontro de Deus, mesmo sendo o seu ambiente social o do racionalismo moderno, aprendo sobre como manter-se devoto acoplando fé e razão mesmo em um ambiente desfavorável. Ainda neste momento da busca de Wesley, aprendo sobre o não confiarmos em nós mesmo e nem em nossas próprias obras para salvação de nosso alma, visto que nossas obras por mais vastas que sejam, e no caso de Wesley elas eram demasiadamente vastas, não podem apaziguar a alma humana em sua relação com o Criador. Que não basta ao homem visitar os presídios, alimentar os pobres, reunir-se em agrupamento para oração e leitura bíblica, ser perseguido e injuriado ou viajar sob grande risco de vida afim de levar o evangelho aos que ainda não o ouviram, como fez Wesley, não! Nada disso serve ao homem para que ele possa alcançar de Deus o benefício da salvação.



Aprendo com Wesley a examinar tudo e reter o que é bom, visto que ele conseguiu encontrar nos místicos católicos, nos pietistas alemães (os morávios), dentre os puritanos, no corpo de credos da igreja oficial, em seus amigos, em seus pais, e em tantos outros lugares e pessoas expressões que carregavam em si o verdadeiro cristianismo, prova disto é que foi em uma reunião dos morávios que Wesley sentiu o seu “coração estranhamente aquecido” enquando alguém lia uma introdução a carta aos romanos escrita por Lutero. Aprendo com Wesley que os méritos que nos podem trazer segurança de nossa salvação são completamente de Cristo, que a segurança da salvação consiste no testemunho do Espírito em nós testificando que somos filhos de Deus, consiste em plena confiança de que Deus nos amou e de que em Cristo estamos seguros.



Aprendo sobre a “Luz que ilumina a todo homem que vem ao mundo”, que mesmo todos os homem estando em total estado de corrupção, mortos em seus delitos e pecados, Deus não deixa nenhum deles fora do alcance desta Luz, que antes de tornar-se carne já iluminava a todo homem, pois “as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” como fala as Escrituras, capacitando ao homem, que por si mesmo não pode desejar o bem, mas tem a sua vontade e arbítrio escravo do pecado, a escolher o bem, persuadindo e até mesmo inclinando a sua vontade ao bem, contudo, sem que o destitua de seus atributos que o personifica como ser moral. Sendo assim, aprendo que toda obra da salvação vem de Deus, dEle é a iniciativa, Ele nos amou primeiro, dEle é a nossa capacidade de fazer o bem, tanto o querer como o efetuar são dEle, o que nos compete é somente receber, apenas nos resta crê e confiar que o que ele fez já é suficinete, pois “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”. Quanto a condenação esta é obra humana visto que “negligenciou tão grande salvação”, visto que “não creram para que fossem salvos”, visto que “sempre resistiram ao Espírito Santo”, porque “aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”.



Que somos predestinados deste a fundação do mundo por que deste a fundação do mundo, para Deus, tudo já era. Que nEle não há nem passado, nem futuro, mas todo o tempo esta diante dos olhos dele.



Aprendo Que a perfeição cristão não significa a ausências de tentações. Que perfeição cristã não é um estado de perfeição permanente, mas que se pode vir a sucumbir aos anseios da carne novamente. Que este estado não corresponde ao que atingiremos quando formos glorificados, quando recebermos corpos incorruptíveis. Antes é “ter a mente de Cristo” em vida, ter a consciência emergida em amor, ter o desejo ardente de cumprir a vontade de Deus, é em si viver o “seja feita a tua vontade assim na terra como no céu” ao ponto de se encher tanto de Deus que não sobre espaço para as suas corrupções carnais e possa dizer: “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”.



Aprendo com Wesley sobre o seu desejo de nunca dividir, mesmo com uma igreja em sua época fria e não tolerante com ele e com o povo chamado pejorativamente de metodistas, antes seu conselho e desejo era que aquele pouco de fermento, os metodistas, levedassem toda a massa. Percebo isso em suas cartas de reconciliação para com Whitfield, nas convenções convocando todos os que ficaram conhecidos como metodistas ou partilhavam do mesmo avivamento na Inglaterra, morávios, calvinistas e wesleyanos afim de se minimizassem ou mesmo aniquilassem as suas divergências. E mesmo somente em seu leito de morte consentir com a criação a Igreja Metodista.



Wesley, foi um grande avivalista, estudioso (estudava não somente teologia e filosofia, mas também ciências naturais), bom administrador (foi o principal organizador do movimento metodista), pregador (pregou mais de 40 mil sermões), acreditava que para que a mensagem evangélica obtivesse melhor êxito, tinha que investir na educação, por isso arrecadou fundos construiu orfanatos, educou a classe proletária, e assim deixou o registro na história da Inglaterra do que é capaz de fazer um homem posto nas mão de Deus.






NEle para o Qual é toda a glória e que sem Ele qualquer John Wesley é mero vaso de barro


Tiago M. Barros